GOV.BR

Dia da Mulher é marcado por Audiência Pública

“Os homens não precisam pedir para serem respeitados. Nós mulheres imploramos”, disse emocionada a representante da Marcha Mundial das Mulheres, Bárbara Michayenny durante a Audiência Pública realizada pela Câmara de Currais Novos nesta terça-feira (8), Dia Internacional da Mulher. A iniciativa do vereador Daniel Bezerra reuniu parceiros que se dedicam a defender a vida da mulher vítima de violência e seus direitos.

Daniel Bezerra destacou o papel do Legislativo como ferramenta para garantir os direitos das mulheres e a Lei Municipal que instituiu o Dia 2 de março como Dia de combate ao feminicídio. Como encaminhamento da discussão, o vereador vai dar entrada em um projeto de lei para autorizar o Executivo a criar o serviço de assistência judiciária gratuita e indicou que haja um estudo de viabilidade para criação de uma casa de amparo à mulher.

Já a vereadora Leilza Palmeira cobrou respeito e igualdade, reafirmando que a mulher pode ser o que ela quiser e o dever das instituições públicas de garantir o direito da mulher viver. Leilza também deu entrada em um projeto de lei para combater o assédio moral e sexual no ambiente de trabalho para dar mais segurança às mulheres. Ela falou ainda sobre o empenho para que o Governo do Estado instale em Currais Novos uma Delegacia da Mulher.

Para a realização do evento, o Legislativo contou com a parceria da Marcha Mundial das Mulheres, Polícia Militar, OAB, Prefeitura e Conselho Municipal dos Direitos da Mulher. “O Condim é um instrumento de construção de políticas públicas composto por um grupo de mulheres, da gestão pública e da sociedade civil, que se reúne e propõe políticas para avançar como a instalação da Sala Lilás”,  explicou a presidente Rayssa Aline.

A assistente social do Centro de Referência Especializado da Assistência Social (Creas), Geane Braga, contou que atende diariamente mulheres vítimas de violência patrimonial, psicológica e física. “O Creas está para apoiar e encaminhar essas mulheres para a rede de apoio. Atendemos de crianças a mulheres idosas. São denúncias que estão no Creas mas que não chegam aos hospitais, às delegacias. A gente mostra quais caminhos elas têm. A violência é um ciclo. Não é fácil romper esse ciclo”, finalizou. 

A coordenadora da Patrulha Maria da Penha, a 3ª sargento Luzia de Fátima, lamentou em sua fala ter sido a única mulher do 13º Batalhão durante 16 anos e comemorou a nova realidade: hoje são 11 o número de mulheres que atuam na cidade. “O programa Maria da Penha, como toda luta da mulher, foi sofrendo para poder se efetivar, mas hoje, toda mulher, independente de ser vítima de violência, vai ser atendida por uma policial feminina”, frisou.

Também fez parte da Mesa Diretora dos trabalhos, a  atual presidente da OAB Currais Novos que é a primeira mulher a ocupar a presidência, Thaíz Lenna. Em sua fala na tribuna do auditório, Thaís cobrou que as mulheres votem em mulheres. “Somos 52% do eleitorado. Somos maioria e por que não colocamos mais mulheres lá? Precisamos ter voz e vez. Ter mais leis que nos acobertem. Precisamos que mais mulheres nos representem ”, apontou. 

O evento contou com a presença do presidente do Legislativo, Edmilson Souza e dos vereadores Iranilson Medeiros e João Gustavo; da ex-vereadora Tércia Lêda, criadora do projeto “Salve Ela”; da vice-prefeita Ana Albuquerque e da secretária de saúde, Alana Morais. Usaram a tribuna do auditório a professora Francisca Palmeira; a agente comunitária de saúde Solange Medeiros; Ozanete Dantas, mãe de Zaira Cruz; a estudante Aparecida Luana; Francisca Pereira e a assistente social do Creas, Amanda Costa.

Texto e foto: Priscila Adélia Pontes

Assista AQUI

Acesse todas as fotografias do evento no facebook da Câmara

Skip to content