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Em Audiência Pública, moradores desabafam e clamam por ajuda do poder público

De iniciativa do vereador Ezequiel Pereira, o Legislativo Curraisnovense realizou nesta terça-feira (26), uma Audiência Pública para discutir a problemática da segurança no que se refere a situações de perturbação ao sossego dos moradores das praças Cristo Rei e desembargador Tomaz Salustino. O evento teve início com a exibição de vídeos enviados pela comunidade que clama por ajuda do Poder Público.

Como é o caso da senhora Márcia que ao se mudar para Currais Novos e escolher o bairro centro para morar com a família se diz decepcionada pela falta de sossego durante os finais de semana, com sons altos e badernas que seguem até o início da manhã e não permitem o descanso da família. “A praça se tornou um centro de prostituição e drogas. Já presenciei até mulher sendo espancada. Não quero sair da praça, de onde eu gosto, porque não se tem atitudes numa comunidade”, desabafou.

Situação parecida vive o senhor Carlos, que mora próximo ao Largo Júnior Toscano. “O som começa às 16h e vai até a manhã do dia seguinte. É uma falta de respeito. Nada contra quem está ali ganhando o seu pão, mas quem mora ali também merece respeito. A gente liga pra polícia, ela faz o papel dela, mas quando eles vão embora volta tudo. A gente espera que o poder público possa fiscalizar. A gente não está tendo o privilégio de estar em casa e poder descansar”, contou.

Para o propositor, Ezequiel Pereira, o poder público não pode mais ficar de braços cruzados diante dessa problemática e em reunião que será realizada no dia 4 de maio na Prefeitura, com o Judiciário, pontos abordados na Audiência serão apresentados. “A sociedade pede um posicionamento não só da Polícia Militar. Esse problema que acontece hoje no centro da cidade, acontece também no Largo Júnior Toscano. Não estamos querendo proibir que os jovens frequentem as praças, mas queremos regras”, destacou.

Já o delegado da Civil, Paulo Ferreira, argumentou que não se pode deixar toda a carga da situação para a Polícia Militar. “A população em geral não pode ser prejudicada pelo prazer de um pequeno grupo que prejudica o sossego das pessoas. Esperamos em breve poder atender as ocorrências com a implantação da delegacia regional e somar esforços para encontrar soluções”, afirmou.

Na tribuna do auditório, o jovem Lucas David sugeriu que os estabelecimentos com funcionamento 24h tenham horário reduzido, que não se jogue a culpa toda da problemática na Polícia Militar e destacou que é direito da juventude ir pra praça se divertir, mas que esse direito acaba quando fere o direito do morador descansar.

A conselheira tutelar Noêmia Assunção trouxe a problemática do álcool e drogas para o debate. “Não podemos omitir a fragilidade que temos em nossa cidade. A desestrutura familiar. Toda essa baderna está atrelada ao uso do álcool e drogas. A bebida é a principal droga, mas a gente não a trata como droga porque é lícita”, apontou.

Estiveram presentes o presidente da Casa Legislativa, Edmilson Sousa, os vereadores Cleyber Trajano, Marquinhos Xavier, Iranilson Medeiros, G Charles Dantas, Leilza Palmeira, Mattson Ranier; Daniel Bezerra; o subcomandante do 13º Batalhão de Polícia Militar, Major Marcos Chaves e o 3º sargento Pedro Antoniony.

Texto e foto: Priscila Adélia Pontes

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