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Para proteger pessoas com TEA, projeto prevê proibição de fogos de artifício barulhentos

Autismo não se cura, se compreende. Foi com esse mote que a sociedade civil, vereadores, Ministério Público, IFRN, Comade, CMDCA e integrantes do Nortear se reuniram nesta segunda (24), em Audiência Pública, para debater sobre os direitos da pessoa com Transtorno do Espectro Autista (TEA). O evento aconteceu no auditório da Câmara Municipal de Currais Novos e foi proposto pelo vereador Daniel Bezerra.

A hipersensibilidade auditiva, que é uma característica comum da pessoa com TEA, motivou a elaboração de lei municipal para proibir a queima e soltura de fogos de artifício de alto impacto sonoro. “Currais Novos não poderia ficar de fora das cidades que já aprovaram leis como essa. O objetivo é preservar a saúde e o bem-estar dessas pessoas”, afirmou Daniel Bezerra.

Mães e pais de pessoas com TEA deram depoimentos durante a Audiência Pública. A presidenta do Nortear, Gilvaneide Santos, cobrou a união de forças para que se mude o cenário atual em que as famílias encontram barreiras diárias em todas as áreas da sociedade, ressaltou a urgência de que os ambientes se tornem mais acolhedores e propôs o movimento o UniTEA – Currais Novos unida pelo TEA – para que a sociedade possa melhor compreender e que seja possível quebrar a barreira do preconceito.

Representando a secretaria municipal de saúde, Camila Araújo, falou sobre a rede de atenção psicossocial do município que dispõe de neuropediatra, sobre a implementação do Centro Especializado em reabilitação, sobre parceria com o Nortear para realização de terapia em grupo com mães atípicas e disse que a secretaria continua lutando para melhorar o acesso e qualidade de vida dos pacientes e familiares.

A promotora Ana Jovina sugeriu a capacitação da rede local para que seja possível realizar o diagnóstico precoce do TEA. Uma capacitação não só dos estudantes e profissionais de saúde, mas de profissionais de todas as áreas. Já a advogada Flavianny Soares apresentou informações sobre os direitos previdenciários para crianças com autismo e sobre o BPC.

O Conselho Municipal dos Direitos da Pessoa com Deficiência (Comade), presidido por Jamilla Macedo, reafirmou o apoio à causa e pediu que a sociedade reflita e assuma uma atitude de compromisso, dever e empatia. Também estiveram presentes o presidente da Casa Legislativa, vereador Cleyber Trajano, o vereador Lucieldo Silva e a vice-prefeita Ana Albuquerque.

Texto e FOTOS do evento: Priscila Adélia Pontes

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